Por: Padre Jonas Abib (Fundador da Comunidade Canção Nova)
"Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: 'Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho'. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: 'Deus, sê propício a mim, pecador!'"(Lucas 18.9-14).
“Jesus filho de Deus Salvador, tem piedade de mim que sou pecador”. Essa oração é para quem quer chegar à santidade, é preciso reconhecer o pecado e clamar a misericórdia de Deus. Com esta frase “Jesus filho de Deus, Salvador, tem piedade de mim que sou pecador”, você pode rezar um Terço Bizantino. Nós não somos resgatados da “vida velha” somente pela nossa boa vontade, é preciso a graça de Jesus, o Salvador.
Muita gente está procurando um salvador em tantas coisas e pessoas, em religiosidade. Mas a salvação vem de Deus.
O coração do Pai dói quando nos vê no pecado. O pecado nos desfigura, destrói a coisa mais importante em nós, porque “o salário do pecado é a morte” (cf. Rm 6, 23), como ensina a Palavra de Deus. Primeiramente, o pecado leva à morte espiritual, depois à morte psíquica e mais tarde à física. Quantos jovens morrendo com Aids, cometendo suicídio e nas drogas.
O arrependimento é muito mais que sentimento, é decisão, é arrepiar o caminho, ou seja, voltar para trás se percebemos que o caminho é perigoso: se estamos em um trecho e encontramos uma cobra perigosa, provavelmente voltaríamos para trás, arrepiamos o caminho. Mas hoje tem gente “alisando e brincando com a cobra”, porque temos brincado demais com o pecado.
O fariseu orgulhoso não enxergou o seu pecado, mas sim, as coisas boas que fazia; no entanto, todos nós fazemos coisas boas e não fazemos mais que nossa obrigação. Enquanto o publicano, lá no fundo, batia no peito e dizia que por ser pecador que o Senhor tivesse piedade dele. A conversão acontece quando reconhecemos os nossos pecados.
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”
(I João 1,8).
Hoje estamos sendo enganados, tirando o peso do pecado, estamos o justificando nas nossas limitações; mas, limitação não é pecado. Por isso, assuma o pecado; não dá para cuidar dele como um nada. Olhe o crucifixo e entenda o que é pecado. Não dá para cuidar de um câncer como se fosse uma “doencinha” qualquer; o mesmo ocorre com o pecado: não podemos “dar moleza” a ele.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I João 1,9).
Há pessoas acostumadas com o pecado, e vão tocar e cantar nas Santas Missas, mas é preciso combatê-lo (o pecado) como se combate o câncer e a Aids.
Fraternalmente
Frater Luiz Francisco, sjs
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