Padre Gilberto Maria Defina, sjs
(Fundador da Fraternidade Jesus Salvador)
Às vezes ou muito constantemente me vejo simplesmente maravilhado
pela maneira como Deus quis manifestar a Obra Salvista por meio do Padre Gilberto.
Não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, não toquei ou beijei suas mãos,
não participei de Missas com ele, suas homilias também não escutei e não chorei
a sua morte naquele Dezembro de 2004, porém, eu também tenho uma história com o
Padre Gilberto e essa se chama Louvor de Deus.
Tudo o que hoje contemplamos e reconhecemos como fruto da nossa Obra Salvista, fui a custo do sacrifício dele, da fé, da coragem e generosidade com as quais ele abraçou o Projeto de Deus. Eu sou muito grato a este homem, por tudo o que ele fez por mim e por todos os meus irmãos salvistas, minha vida simplesmente é chamada a ser uma continuidade no Carisma que um dia ele abraçou como Vontade de Deus para a FJS.
Tudo o que hoje contemplamos e reconhecemos como fruto da nossa Obra Salvista, fui a custo do sacrifício dele, da fé, da coragem e generosidade com as quais ele abraçou o Projeto de Deus. Eu sou muito grato a este homem, por tudo o que ele fez por mim e por todos os meus irmãos salvistas, minha vida simplesmente é chamada a ser uma continuidade no Carisma que um dia ele abraçou como Vontade de Deus para a FJS.
Sabemos que o nosso conhecimento, de um modo geral, possui
algo de muito subjetivo, ou seja, eu toco (de algum modo) naquilo que estou
conhecendo, faço a experiência, assimilo e tomo como “existente” aquilo que se
torna parte de mim.
Acredito que no caminho vocacional é bem diferente, porque, ao falar de conhecimento de um carisma, nos deparamos com o “auto-conhecimento”. Não estamos conhecendo somente algo que está fora de nós mas dentro também. Em meus quatro anos e meio como seminarista religioso, eu posso afirmar que esse longo caminho é de mão dupla, onde, ao mesmo tempo em que eu conheço o carisma, estou me conhecendo e, olhando tantas e tantas vezes para a minha história pessoal, na Luz do Espírito, descubro sinais do Louvor de Deus. Se me identifico totalmente a um determinado carisma, de modo que, não só a nível de conveniência mas de doação, de participação, vejo que ele é uma resposta de Deus para a minha vida, concluo que, vivendo-o estou me realizando como homem, como ser humano, como filho de Deus.
Acredito que no caminho vocacional é bem diferente, porque, ao falar de conhecimento de um carisma, nos deparamos com o “auto-conhecimento”. Não estamos conhecendo somente algo que está fora de nós mas dentro também. Em meus quatro anos e meio como seminarista religioso, eu posso afirmar que esse longo caminho é de mão dupla, onde, ao mesmo tempo em que eu conheço o carisma, estou me conhecendo e, olhando tantas e tantas vezes para a minha história pessoal, na Luz do Espírito, descubro sinais do Louvor de Deus. Se me identifico totalmente a um determinado carisma, de modo que, não só a nível de conveniência mas de doação, de participação, vejo que ele é uma resposta de Deus para a minha vida, concluo que, vivendo-o estou me realizando como homem, como ser humano, como filho de Deus.
Lembro-me de um professor de Filosofia que, numa de
nossas aulas, disse que não nos passaria informações ou opiniões e sim “conhecimento”
e por isso, necessariamente, nós deveríamos fazer o mesmo percurso dialético até o fim. Esse é o trabalho do Mestre: conduzir os seus discípulos como filhos, para
que esses não vivam de receitas prontas, mas saibam caminhar. Assim fez Jesus
com seus Apóstolos, com gestos, palavras, palavras repletas de sentido e vida.
Assim nos fez Padre Gilberto! Para nós salvistas, o exemplo já nos foi dado.
Um homem dependente de Deus, dócil, firme e generoso.
Ele, de espiritualidade profunda, nos ensinou que o Louvor de Deus não é euforia,
mas antes, portadora de fecundidade. Quando os salvistas não tinham muito,
pastorais, padres, quando não esperavam muito de nós, ele acreditou, dependeu,
esperou, sofreu, deu a vida, profetizou sem medo que nós iríamos pelo mundo
anunciando a Salvação, esta Fé o fez um grande semeador que lançou pelo campo
do mundo sementes que, a seu tempo, dariam frutos, trinta por um, sessenta por
um, cem por um. E de fato deram muito frutos!
No entanto, ao ler essas linhas, poderíamos pensar no
Padre Gilberto como um homem vigoroso e forte e que fato ele o era, porém, ele
viveu, uma grande parte de sua vida, em meio a grandes doenças, uma das quais o
levou a morte; era um homem debilitado, em vários aspectos; já nos ultimos anos
de sua vida estava numa cadeira de rodas, sentindo dores horríveis, carregando
sua cruz sem jamais pronunciar uma única palavra de murmuração, abraçando-a por amor a Jesus. Em todos esses momentos, Padre Gilberto nos ensinava como deve
ser o salvista hoje. E aqui nos deparamos com o Mistério da Cruz do Senhor. Sou grato a ele, muito grato, pelo sim, pelo amor com que ele suportou tudo, por meio dele encontrei o meu lugar, encontrei a minha casa.
Não existem riquezas que possam superar o terouro
escondido na Cruz, é um verdadeiro brilho que ofusca os olhos de nossa razão, é
o meio por onde nos sentimos um com outros, por meio da qual aprendemos que
amar é dar a vida pelo outro, um amar simples e verdadeiro. O Esposo de nossas
almas na cruz por nós, mostrou que o Amor não tem fim e nem mesmo a morte pode
vencê-lo. Padre Gilberto cantou este hino com a vida e nos ensinou que o Louvor
não pode acabar. O salvista deve declarar para o mundo que Amor venceu a morte
por meio dos seus louvores. Para nós que hoje levamos a nossa cruz, podemos nos
achar indignos de tamanha graça e incapazes de descrever esse profundo mistério
de Amor e cantar também nós o nossos louvores, no entanto se aprendermos as
belas e profundas lições do nosso fundador e transformá-las em vida responderemos
também nós ao Senhor: “Sim, Senhor, eu posso descrever o teu Amor, pois eu
aprendi a viver para o Louvor. O Louvor nos ensina a viver para o Amor e do
Amor.
Uma história de Louvor
Frater Luiz Francisco, sjs e Fernando
* * *
Como descrever o teu Amor, Senhor
como decifrar uma história de Louvor?
Que na Cruz se fez Salvação por mim,
nem a morte viu desse Amor o fim!
Nem as riquezas poderão superar
o tesouro escondido na Cruz
O seu brilho ofuscou-me o
olhar,
mas sua grandeza me ensinou
amar.
Eu posso descrever o teu Amor, Senhor,
Pois eu sei viver para o teu Louvor.
Abracei a Cruz, viverei assim
nem a morte vai separar-me de Ti.
nem a morte vai separar-me de Ti.
* * *
(Seminário Nossa Senhora de Pentecostes – 16 de
Outubro de 2012)
Fraternalmente!
Frater Luiz Francisco, sjs
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